“Sonhar e amar, para mim, são dois pilares da vida, depois da saúde. Amar revitaliza-nos, e sonhar é o que queremos para o futuro. Se não sonhamos, não esperamos ser melhores. Quando não conseguimos alcançar os nossos objectivos, devemos buscar ser mais fortes e ir com mais garra atrás daquilo que queremos”, ensinou Tânia Tomé, durante uma conversa na Sala Lúdica do CAI, com os estudantes da 8ª à 11ª Classes.

 

Tânia Tomé é moçambicana e multitalentosa: economista, cantora, poetisa, escritora, activista social e mãe de família. Começou a cantar com três anos de idade. Aos sete anos ganhou o seu primeiro prémio e de lá para cá nunca mais parou. Começou a cantar por influência de seu pai, Manuel Tomé, músico e compositor.

 

O seu mais recente álbum é intitulado “Dreamloving”, que em português significa “Sonhamando”. Tânia interagiu com os alunos do CAI e definiu o que é ser mulher moçambicana.

 

Partilhou a sua experiência profissional e fez notar os desafios que a mulher moçambicana enfrenta e as possíveis soluções para ultrapassar.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cantora, economista, poetisa, qual destas é a sua arte favorita, e porquê?

Sou uma pessoa totalmente híbrida. Sou todas essas personagens na medida certa.

 

O que faz para o seu trabalho ter qualidade e como planifica as actividades?

Definir objectivos, prioridades, traçar um plano, são as técnicas que uso para gerir o meu tempo e ter qualidade em tudo que faço.

 

Qual foi o momento mais alto da sua carreira?

Ser nomeada para um concurso na Nigéria e vencer o prémio e cantar para o presidente da Venezuela, são duas das experiências mais marcantes da minha vida.

 

Quais são as suas fontes de inspiração?

Entre os grandes poetas moçambicanos, Mia Couto e José Craveirinha têm a primazia. Entre os estrangeiros, Clarice Lispector. Entre os músicos moçambicanos, Manuel Tomé, João Cabaço, entre os estrangeiros, Christina Aguilera, Ed Motta, Djavan, Mariah Carey.

É importante ter influências na vida. Mas essas influências têm de ser boas, porque se não forem boas faremos coisas más, pensando que são certas, imitando as nossas influências. Os nossos pais são as nossas primeiras influências.

 

A aprendizagem é um processo contínuo que deve ser cultivado no dia-a-dia. A conversa foi organizada pelo Clube Escolar, no âmbito da comemoração do Dia da Mulher Moçambicana, assinalado no passado dia 7 de Abril. Ainda nesta ocasião Tânia Tomé brindou todos os presentes no colégio, cantando a sua música “Nhu Ngugu Haladza” e declamou o poema “Mãe”, que dedicou a todas as mulheres moçambicanas, em especial à sua mãe, mulher da sua vida, que no momento se fazia presente.